Como a fé nos orixás pode trazer de volta a paz e a harmonia um dia perdidas por causa de escolhas erradas? 
Nêga Véia é uma descendente de escravizados africanos, que herdou uma pequena vila no subúrbio de Capiamangá. Depois da morte da mãe, é criada por uma tia, grande amiga e conselheira. Seu grande sonho foi ver a Vila crescer e construir um santuário doméstico para cultuar seus orixás. Vida adulta, filho crescido, sonhos realizados, tristeza pela morte da tia já velhinha, mas a vida seguiu seu curso e tudo transcorre na mais perfeita harmonia. Em 2020 uma pandemia global afeta drasticamente a saúde e economia do Brasil, trazendo de volta dois habitantes da Vila Griots: Tonho, filho de Nêga Véia, e Paulo Victor, filho de Zefa, que haviam se mudado para São Paulo em busca de estudo, trabalho e novas oportunidades. Para esconder um grande segredo, Paulo Victor, com o apoio de Tonho, elabora um plano que irá colocar em risco a vida de sua própria mãe. A chegada de Gregory Willians, pai de Paulo Victor, irá trazer grandes revelações, obrigando a dona da vila a sair de sua zona de conforto e buscar saídas para corrigir os erros do passado. Onde Nêga Véia errou? Como ela deixou que seus interesses pessoais individualistas substituíssem os ensinamentos comunitários da religiosidade africana que ela é adepta? O que causou a revolta de Tonho, seu único e amado filho? Expulsa de casa pelo filho revoltado, Nêga Véia, se sentido culpada, decide abandonar sua vila e busca abrigo no Terreiro Casa do Ouro Águas de Oxum, onde foi iniciada. Apoiada pelos dirigentes do terreiro, onde é acolhida e repensa seu passado e suas escolhas, reconhecendo a necessidade de corrigir seus erros. Agora precisa esperar que Tonho também reavalie suas atitudes para que possam se perdoar.